sexta-feira, 9 de março de 2012

Apesar do mau futebol, Flamengo vence na Libertadores

Vaias, protestos, xingamentos. -O Flamengo perdeu? – Perguntou um desavisado que via com surpresa a cena. Não, o Flamengo não perdeu. Venceu, inclusive. O Emelec, do Equador, saiu do Engenhão derrotado pelo placar mínimo. Já a torcida do Rubro-Negro saiu irritada com o fraco desempenho do time e, principalmente, com o jogo abaixo do esperado de Ronaldinho.

O Engenhão não estava lotado, mas também não estava entregue às moscas. Cerca de trinta mil flamenguistas ocuparam as cadeiras do estádio, na maior parte do tempo vaiando os jogadores do time, pelo fraco desempenho e pela ausência de ousadia da equipe. Ronaldinho Gaúcho, o segundo maior salário do futebol brasileiro, foi quem mais sofreu com a reação negativa dos fanáticos.

Foi da equipe equatoriana a primeira chance de gol da peleja. Pela esquerda, com um chute de perna canhota, que teve como destino a perna de mesmo lado do arqueiro Rubro-Negro. No rebote, chance desperdiçada pelos visitantes. Fora esta ocasião, o jogo não teve grandes momentos de emoção em sua primeira etapa. A torcida rubro-negra só comemorou pouco antes do fim da primeira etapa, com a expulsão de De Jesús. De resto, o primeiro tempo foi todo negativo, principalmente pela contusão de Léo Moura, substituído por Negueba.

Na segunda etapa, com um a mais no campo, Joel Santana resolveu ser um pouco mais ousado e tirou Wellinton, um dos três zagueiros, e colocou Deivid. A modificação melhorou o desempenho do time, que, ao menos, tentava concatenar algumas boas linhas de passe no setor ofensivo.

Ronaldinho Gaúcho, antes sumido, aparecia um pouco mais para a partida. O gol, de Vágner Love, saiu com a participação de R10: Após boa trama de passes entre ambos, o Artilheiro do amor recebeu do gaúcho livre, na cara do gol, para marcar o único tento da peleja.

A participação de Ronaldo no gol de Love e os bons passes que o meia vinha dando na partida não bastaram para a torcida, que, aos poucos, ia perdendo a paciência com o craque. Bastava um passe errado para as vaias começarem a aparecer. Quando, dentro da área, o Dentuço tentou reproduzir uma jogada de futevôlei em vão, as vaias se tornaram ofensas, e o clima ficou quente.

O jogo, em si, perdera a importância. A disputa que mais chamava a atenção no Engenhão era a de torcedores vaiando o craque contra torcedores aplaudindo. Meio a meio, talvez. O Emelec, no fim, ainda teve uma oportunidade de gol, em um arremate de fora da área, mas a peleja terminou mesmo de forma favorável para o Rubro-Negro. Resta agora o craque da camisa dez fazer as pazes com a maior torcida do Brasil.



Por Carlos Ramos(@CarlosRamos93)

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