quinta-feira, 22 de março de 2012

Com noite de gala do Rei Juninho, Vasco detona Libertad

Depois ainda perguntam porque Juninho Pernambucano é chamado de Rei em São Januário. No Paraguai, contra o mesmo adversário de ontem, o número oito cruz-maltino não atuou. Faltou ao time equilíbrio, brilho, experiência, cadência, e outras coisas que levaria um texto inteiro para citar. Ontem, em São Januário, faltou tudo isso para o Vasco, só que apenas durante os primeiros 45 minutos. No intervalo Cristóvão colocou Juninho em campo e o Gigante reinou soberano em suas dependências.

O primeiro tempo do Vasco foi bom. O problema foi furar a defesa paraguaia, que estava bem postada. A disparidade entre o tempo com a bola entre as equipes era enorme. O Cruz-Maltino monopolizava o jogo, mas não conseguia ser efetivo no ataque. Eder e Barbio até arriscavam jogada, mas sem êxito. E Alecsandro era o atacante de sempre (ou seja, não ajudava em nada). Juntando-se a isso o fato de Felipe não estar acertando os bons passes de costume, a primeira etapa terminou igualada.

Rei Juninho rege seus súditos
O primeiro passo que o Vasco deu para conseguir a vitória na segunda etapa foi realizado pelo técnico Cristóvão Borges, que mexeu bem no time, colocando Juninho e Allan e sacando Eduardo Costa e Eder. A torcida não aplaudiu o técnico pela excelente visão de jogo, mas com certeza vaiaria se o treinador, na visão dela, mudasse de forma equivocada a equipe. O fato foi que a efetividade e a precisão (isso para parar nessas duas qualidades) que faltaram na primeira etapa estavam em campo, personificadas em Juninho, no segundo tempo.

A pressão gigantesca do Vasco na segunda etapa logo resultou em gol. E o tento saiu dos pés de quem mudara a cara da peleja. Dizem que tem jogadores que, quando fazem quase tudo numa equipe, batem escanteio e vão para a área cabecear. O gol do Reizinho foi quase isso, só que ele bateu o escanteio, pegou o rebote da defesa e, de forma surpreendende (principalmente para o arqueior Muñoz), colocou a bola no gol do goleiro do Libertad, que até tentou soquear a bola para fora da meta. Em vão. Foi nesse momento que torcida e time passaram a jogar em um único ritmo.

Tudo mudou com a entrada de Juninho em campo. Felipe passou a acertar mais as jogadas, Fágner foi mais ousado, Feltri deu dois dribles espetaculares na lateral do campo (e, ainda por cima, conseguiu executar o cruzamento - isso só ocorrerá novamente na próxima vida do lateral, provavelmente)... Até Alecsandro participou bem de uma jogada. Após grande jogada de Allan, que entrara muito bem na partida, o atacante teve apenas o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes (aliás, o Alecsandro só faz gol difícil...) matando de vez o sonho Alvinegro de sair do Rio de Janeiro com um bom resultado.

Com o resultado garantido, o Vasco voltou a tocar a bola, só que dessa vez com uma diferença: a equipe paraguaia precisava do resultado. Fernando Prass ainda fez, nos minutos finais, duas boas defesas para confirmar a bela vitória do Gigante da Colina em seu estádio. Vitória essa com grandes méritos de Cristóvão, que se curvou ao Rei Juninho, que, por sua vez, resolveu o jogo e alegrou os súditos na Colina Histórica.



Por Carlos Ramos(@CarlosRamos93)

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