sábado, 31 de março de 2012

Vasco joga 45 minutos, goleia Macaé e volta a ser líder

O Vasco não teve muitas dificuldades para bater o Macaé, e praticamente se garantir nas semifinais da Taça Rio. O Cruz-Maltino precisou jogar bem apenas os quartenta e cinco minutos iniciais para fazer quatro a um no Alvianil. Na segunda etapa, bastou apenas tocar a bola e segurar o resultado.
O Gigante da Colina tinha com sua camisa oito o Reizinho Juninho, principal nome do time. O técnico Cristóvão Borges preferiu escalar o meio campo na partida do fim de semana, deixando-o de fora do importante jogo de terça diante do Alianza, no Peru (vai entender!). Junto com Juninho estavam alguns titulares, como Diego Souza, Éder e Alecsandro, e outros suplentes, que volta e meia entram na equipe.
O ritmo do time de Cristóvão era acelerado. Tanto que logo nos primeiros minutos de jogo o Cruz-Maltino abriu o placar. E foi com Diego Souza, que, dentro da área, levou para a perna direita e arrematou sem chances para Luis Henrique.
O segundo gol não demorou muito. O Macaé, que buscava o empate, deixou espaço na defesa e, em um contra-ataque puxado por Diego, Juninho, após receber a bola do camisa dez na entrada da área, tocou com a categoria de sempre para o fundo do gol do goleiro do Alvianil.
O gol não atordoou a equipe da casa (a casa era a do Macaé, mas a tocida era a do Vasco). Após cruzamento de André Gomes, o sempre esperto Pipico apareceu para finalizar de cabeça e diminuir o placar para a sua equipe. Grande Pipico!
Apesar do gol, o Macaé não conseguiu levar perigo contra a defesa do Vasco. Por incrível que possa parecer, já que a defesa do Vasco sem Dedé é a mesma coisa que juntar José Maria Marín com Ricardo Teixeira: boa coisa não vai sair. E o pior é que saiu. Pode sair, quem sabe.
Foto:Marcelo Sadio
O que saiu de fato foi o terceiro gol do Vasco. Pela lateral esquerda, Dyeison ia vivendo sua sexta-feira treze, atormentando os defensores do Macaé. E foi dos pés do lateral com nome de herói (ou vai me dizer que você não torce pro Jason matar todo mundo no filme?) de filme de terror dar o passe, totalmente sem querer, diga-se de passagem, para Éder Luis, que deixou o zagueiro sentado (pois o campo tava mais perigoso para os jogadores do que asfalto molhado para idoso) e chutou para fazer três a um.
O quarto saiu dos pés de Juninho, que foi mais rei que nunca. O camisa oito cortou o primeiro, fintou o segundo e colocou, com a maestria de sempre, no fundo da rede, sem chances para o goleiro, que mais queria ver o golaço do que de fato fazer uma defesa. Luis Henrique pode falar para os seus netos que levou dois gols de Juninho, que não fazia isso com a Cruz-de-Malta no peito desde o ano 2000.
O jogo terminou ai. “Mas não foi só o primeiro tempo”, retifica o leitor atento. Teoricamente sim. Na prática não. O Vasco voltou para o segundo tempo em marcha lenta, sem nenhuma motivação para ampliar o placar, e poupando o elenco para a dura partida no Peru (sem trocadilho, por favor). O placar se manteve o mesmo até o apito final. Oficialmente o jogo acabou aos 47 do segundo tempo, com quatro a um de vantagem para o Vasco.
O destaque do jogo foi, sem dúvida, Juninho, que continua jogando o fino da bola. Mesmo com oitenta anos. Opa, oitenta não, 37. Me confundi, assim como o garoto Romário, que entrou no segundo tempo e acabou com o passado do Vasco, errando a idade do Reizinho (e não foi erro por um ou dois anos, parecia eu nas provas de matemática, errando por muito), e não honrando o nome, pois não jogou nada. Mas é garoto, vamos relevar.
Com o placar, o Cruz-Maltino voltou à liderança do grupo B da Taça Rio, com 11 pontos, dois à frente do Bangu, que é liderado nesse segundo turno pelo grande Almir Tanajura. O Vasco volta à campo terça, pela Libertadores, diante do Alianza Lima, no Peru. Pela Taça Rio, o próximo jogo acontecerá somente no sábado que vem, contra o Flamengo, do Dentuço, que achou os dentes e perdeu o futebol.


Por Carlos Ramos(@CarlosRamos93)

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